Uma nova manifestação
de alunos da Casa Pia e do Colégio de Órfãos e São Joaquim terminou em tumulto
na manhã desta terça-feira, 31, incluindo agressões físicas entre professores e
funcionários. A polícia foi acionada e permanece no local para controlar a situação.
Segundo o maestro
Fred Dantas, que coordena os cursos de música da escola, a confusão começou
após a demissão de dois professores nesta segunda, 30, que gerou o protesto dos
estudantes e de seus pais.
"Hoje, a escola
interrompeu as atividades porque dois professores foram demitidos sumariamente.
Uma pessoa da mesa diretora adentrou no refeitório pedindo a identificação de
todos que estavam ali, mas uma professora disse que não ia se identificar. Ele
pediu o nome da professora e disse que ela estava demitida naquele
momento", enfatizou ele.
Dantas ressalta que,
durante o protesto, alguns funcionários ligados ao provedor da instituição,
Otávio Tourinho Dantas, agrediram
professores e pais de alunos. "Os funcionários, que são fiéis ao provedor,
entraram em conflito e, agora, a escola está com policiais. Conversei com o
diretor (José Carlos) Travessa, que confirmou que os alunos e os professores
ainda estão ocupando o espaço hoje", explica o maestro.
Roubos
Após uma reunião no
último dia 16, chegou-se a um acordo que firmava a retomada do funcionamento da
instituição. Entretanto, o clima de instabilidade permaneceu entre os alunos.
Fred Dantas diz que a promessa de que a situação iria se acalmar foi uma 'falácia',
e denuncia que há registros de roubos dentro da instituição.
"Depois do
acordo, ele (o provedor) não reativou as câmeras de segurança e, a partir daí,
estão acontecendo roubos muito suspeitos na escola, como de aparelhos de ar
condicionado, documentos fiscais, entre outros; ou seja, a escalada de
desmontagem da escola continua acontecendo", enfatiza Dantas.
Inquérito
Por conta da situação
da instituição, pais de alunos acionaram o Ministério Público da Bahia (MP-BA),
que instaurou um inquérito no dia 18 de junho para investigar denúncias de
irregularidades na escola. O inquérito está na fase de instrução, com a coleta
de depoimentos de pais, professores e coordenadores.
"O caso está
sendo examinado pelo Ministério Público, mas acredito que, até hoje, o órgão
também acreditava que havia prevalecido um consenso. Mas está um verdadeiro
inferno", diz Fred Dantas.
A T
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