A Suécia derrotou a
Suíça por 1 a 0 nesta terça-feira, em São Petersburgo, e garantiu vaga nas
quartas de final da Copa do Mundo da Rússia, feito que a seleção nórdica não
alcançava desde o Mundial de 1994, quando terminou em terceiro lugar.
Como era de se
esperar, as seleções fizeram um jogo truncado, de muita marcação e pouca
habilidade. Faltava um Neymar, um Cristiano Ronaldo, um Messi para quebrar
aquelas linhas de marcação quase intransponíveis. Coube então ao camisa 10
sueco, Forsberg fazer as vezes de craque.
Em uma jogada
individual, ele avançou e bateu para o gol sem muita precisão. A bola tocou no
zagueiro Akanji e balançou as redes para festa dos torcedores suecos que
deixaram as arquibancadas do estádio muito mais amarela do que vermelha.
A Suécia agora
enfrentará no sábado, às 11h (de Brasília), em Samara, o vencedor do duelo
entre Colômbia e Inglaterra, que jogam ainda nesta terça-feira, às 15h, em
Moscou. A Suíça deixa o Mundial depois de complicar a vida da seleção
brasileira na primeira fase - o duelo, recheado de polêmica, terminou empatado
em 1 a 1.
Os suecos seguem
vivos e como grandes surpresas. Surpresa, por sinal, que vem desde as
Eliminatórias Europeias, quando deixaram a Holanda pelo caminho na fase de
grupos e eliminaram a Itália na repescagem. Seu melhor resultado em Mundiais
até hoje foi em 1958, quando em casa perderam na decisão por 5 a 2 para o
Brasil de Pelé e Garrincha.
O JOGO - As seleções
fizeram um jogo com poucas chances de gol. A Suécia encontrava dificuldade para
sair jogando. A Suíça apertava a marcação em seu campo de ataque e ficava mais
com a posse de bola. No entanto, buscava o gol com bolas alçada na área, sem
ter ninguém para cabecear.
O centroavante sueco
Berg foi quem mais teve chances de abrir o marcador na etapa inicial. Mas
demonstrou parecer mais um zagueiro dando o primeiro combate no time adversário
do que propriamente o camisa 9 responsável por mandar a bola para a rede.
Foram três
oportunidades do grandalhão. Na primeira, ele recebeu livre e mandou na
arquibancada. Na segunda, chutou em cima do zagueiro. Na outra, enfim, deu um
tapa cruzado e obrigou o suíço Sommer fazer a única defesa do primeiro tempo.
Nos minutos finais da
etapa inicial, as equipes afrouxaram um pouco a marcação e a partida esquentou.
Os suíços, com 63% de posse de bola, perderam a melhor oportunidade com
Dzemaili. Ele tabelou com Zuber, invadiu a área e bateu por cima.
As equipes voltaram
mais dispostas a abrir o marcador no segundo tempo. O jogo ficou mais corrido.
A Suécia assustou primeiro em boa arrancada de seu camisa 10, Forsberg. Ele
tocou para Taivonen, que mandou por cima. A Suíça respondeu pressionando,
conseguiu três escanteios na sequência, mas ninguém empurrou para o gol.
Aos poucos, no
entanto, as seleções acertaram sua marcação e a partida voltou ao seu ritmo
inicial. Coube então ao único jogador de mais habilidade da Suécia quebrar o
padrão. Aos 20 minutos ele recebeu na intermediária levou para a meia-lua e
bateu sem muita força. A bola desviou no zagueiro Akanji e enganou o goleiro
Sommer: 1 a 0.
A Suíça precisou
abandonar seu estilo cauteloso e foi com tudo para cima dos suecos. Passou a
fazer um bombardeio de bolas cruzadas para a área. Em uma delas, Embolo mandou
de cabeça e Forsberg salvou na linha do gol.
A Suécia se fechava
atrás e comemorava cada bola que saía pela linha de fundo de seu campo de
defesa como se fosse gol. Nos acréscimos, o goleiro sueco ainda fez grande
defesa para garantir o resultado. Após cruzamento de Rodríguez pela esquerda,
Seferovic deu um leve toque de cabeça e parou nas mãos de Olsen.
No último lance do
jogo, a Suécia pegou a zaga suíça completamente desguarnecida. Olsson recebeu
na frente, esperou ser tocado por Lang, que foi expulso. O árbitro,
inicialmente, marcou pênalti. No entanto, depois reviu o lance no vídeo e
marcou falta fora da área. Toivonen bateu, Sommer fez a defesa e o árbitro
encerrou a partida.
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