Depois de altas
sucessivas, os motoristas soteropolitanos já perceberam que a gasolina está
mais barata nos postos da cidade. Depois de chegar a R$ 4,69, pela terceira
semana consecutiva o combustível vem baixando de preço e ontem foi encontrado
por até R$ 4,19 em bombas da capital baiana. O desconto de R$0,50 faz diferença no bolso de muita gente. Apenas
este mês, a Petrobras já anunciou dez quedas e quatro altas no preço da
gasolina. Em 30 dias, a queda acumulada é de 2,55%. Apesar da redução,
consumidores ainda consideram alto o valor do produto.
De acordo com último
levantamento da Agência Nacional do Petróleo (ANP), divulgado no último sábado
(23), o litro da gasolina estava sendo comercializado nos postos de Salvador
pelo preço máximo de R$4,69. A reportagem da Tribuna da Bahia encontrou ontem o
combustível por R$4,19 nos postos Menor Preço, da Rua Djalma Dutra, e P4, dos
Barris.
Sem se identificar,
um frentista do Menor Preço confirmou a redução progressiva nos preços. “Semana
passada era R$4,34, ontem [anteontem] de noite estava R$4,25 e hoje [ontem] já
está em R$4,19. Toda hora baixa”, disse.
Como a tabela de
preços é livre, os valor do combustível, assim como os descontos variam entre
os postos. No Ipiranga, situado na Ladeira da Independência, em Nazaré, em uma
semana a redução foi de R$0,10. Ontem o combustível custava R$4,39 no
estabelecimento.
“Aqui não caiu tanto quanto em outros postos,
mas vem caindo bastante de duas ou três semanas para cá, sempre nessa média de
R$0,10 a R$0,15”, disse o frentista de prenome Júlio César.
Mesmo percebendo a
queda nos valores, o repórter cinematográfico Ubiratan Passos acredita que
poderia baixar mais. “Eu acho que ainda está caro. Eu ando de moto e só pego o
carro quando está chovendo, porque não dá, não. O litro da gasolina, hoje, era para estar custando R$3, no máximo”,
opinou.
Essa também é a
opinião de Vagner Ferreira. Para o motorista de transporte por aplicativo, o
consumidor final deveria pagar apenas 25% em cima custo do combustível na
refinaria. Atualmente, a gasolina dobra de preço no caminho entre a refinaria e
o posto. “É imposto em cima de imposto aqui no Brasil. Por isso que a gasolina
é mais barata no exterior, em lugares como a Bolívia”, completou.
Para o presidente do
Sindicombustíveis Bahia, Walter Tannus, a redução de preço é fruto da variação
natural do mercado. “Nós estamos passando por uma crise econômica que já dura
muito tempo e ao longo desse período o volume dos postos têm caído. Então, os
postos precisam cumprir seus contratos com as distribuidoras e às vezes baixam
[os preços] até em busca de atingir esse volume contratual”, explicou.
TRIBUNA DA BAHIA
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