Após 19 trabalhadores
terem sido encontrados em condições análogas à de escravos na fazenda Vitória
(leia mais), em Ribeirão do Largo, o Ministério Público do Trabalho (MPT)
entrou nesta sexta-feira (1) com ação na Justiça pedindo indenização de R$1,3
milhão e expropriação do local. De acordo com o MPT, a indenização é para cada
uma das vítimas por danos morais individuais e também para a sociedade, por
danos morais coletivos. A ação, o procurador do MPT Ilan Fonseca também pede
que os proprietários da fazenda indenizem cada trabalhador resgatado em mais
R$20 mil por danos morais individuais. Além disso, há um pedido de condenação
de pagamento de R$1 milhão por danos morais coletivos. Mas o principal item da
peça processual apresentada pelo procurador do MPT Ilan Fonseca, que participou
diretamente da operação de resgate, é o compromisso de cumprimento de uma série
de normas de trabalho daqui em diante. Na segunda, o MPT resgatou os
trabalhadores e fez o atendimento para cadastrar as vítimas e garantir
benefícios como o seguro desemprego por três meses, o fornecimento de cestas
básicas pela Secretaria de Assistência Social do Município e o posterior
monitoramento da situação socioeconômica dos trabalhadores pelo Governo do
Estado. Eles foram levados até suas casas e já receberam as guias para receber
seguro-desemprego por três meses, além dos valores da rescisão do contrato de trabalho,
que totaliza pouco mais de R$45 mil.
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