quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Lanchas da travessia Mar Grande-Salvador seguem sem fiscalização após naufrágio

Quatro meses se passaram desde quando ocorreu o naufrágio com a lancha Cavalo Marinho I, responsável pela travessia Mar Grande-Salvador, as embarcações seguem em operação sem controle de identidade dos usuário, obrigatoriedade de uso de coletes salva-vidas e com déficit de fiscalização. O acidente aconteceu em agosto e deixou 19 mortos. De acordo com reportagem da Folha de S.Paulo, as investigações das causas, circunstâncias e culpados pelo naufrágio também não foram concluídas. A Marinha do Brasil pediu extensão de prazo e prometeu entregar o laudo até 22 de janeiro A Polícia Civil, que ouviu uma centena de pessoas, aguarda o laudo da Marinha para concluir o inquérito e remetê-lo ao Ministério Público. O governo do estado, responsável pela regulação do sistema de lanchas, e as empresas prestadoras do serviço ainda não se movimentaram para reforçar a segurança.Os ajustes feitos quase não surtiram efeito: houve uma pequena reforma no terminal de embarque, reforço de iluminação e construção de uma sala para um fiscal fixo da Agerba. O posto segue vazio. A Marinha prometeu reforçar em 60 militares a fiscalização das embarcações na Baía de Todos-os-Santos no verão. O Ministério Público da Bahia recomendou a suspensão do uso das lanhas, mas a Justiça não acatou o pedido. Na ocasião do acidente houve promessas de investigação e apoio da classe política, mas as CPIs anunciadas pela Assembleia Legislativa e pela Câmara Municipal de Salvador não foram adiante. Uma CPI foi instalada na Câmara Municipal de Vera Cruz; o prefeito da cidade, Marcus Vinícius Marques (MDB), diz aguardar laudo da Marinha para acionar as concessionárias, se elas tiverem responsabilidade no acidente. A Defensoria Pública da Bahia ajuizou ações individuais e coletivas por danos morais e materiais, que ainda não foram julgadas. A Agerba disse em resposta à Folha que cabe a ela apenas estabelecer tarifas e fiscalizar o cumprimento de horário das embarcações. A segurança é responsabilidade da Marinha. (BN)

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