segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

Previdência: Polícia Civil e Servidores Penitenciários ameaçam greve caso PEC seja aprovada


A Polícia Civil e os Servidores Penitenciários da Bahia ameaçaram entrar em greve, caso seja aprovada a Proposta de Emenda à Constituição (PEC), com a Reforma da Previdência.

Durante o protesto os servidores públicos, na manhã desta segunda-feira (13), no Centro Administrativo da Bahia, o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado da Bahia (SINDPOC), Eustácio Lopes disse, em entrevista ao Varela Notícias, que a Polícia Civil vai entrar em greve caso sejam a aprovadas as mudanças da Previdência.


“Um projeto de lei que o presidente em exercício Alex Lima, disse que iria manter a sessão e manter o projeto que aumenta o tempo de contribuição e penaliza principalmente as mulheres, já que a mulher na Polícia Civil precisa de 15 anos de atividade policial e 25 anos de contribuição sem idade”, disse.

“Sem o governo querer dialogar, nós da Polícia Civil e Policia penal iremos chamar a greve se não haver uma conversa. Por que é inadmissível o governo dos trabalhadores e a base social não dialogar conosco. Estamos há cinco anos sem reajustes, caminhando pro sexto ano e o governo já anunciou que não haverá aumento”, reclamou Eustácio.

Na ocasião, o presidente dos Servidores Penitenciários (Sinspeb), Reivon Pimentel, afirmou que também vão aderir ao movimento grevista, caso a proposta seja aprovada pelo Governador Rui Costa.


“Caso não seja aberto o diálogo, o único recurso que resta aos trabalhadores é a greve. Estamos unidos com o pessoal da Polícia Civil e da Polícia Militar e estamos aguardando um posicionamento do governador com relação à abertura do diálogo”, afirmou Reivon.

O presidente do Sinspeb disse ainda, que já houve uma reforma da previdência da Bahia em 2015, portanto, esta seria a segunda alteração, que prejudicaria os servidores públicos, uma vez que há um projeto de lei especifico para a segurança pública e será colocada em votação.

“Vale salientar, que a Bahia foi um dos primeiros estados a fazer a reforma previdenciária, mesmo antes da reforma da união proposta pelo presidente Bolsonaro. Então vai ser uma segunda reforma previdenciária, que vai prejudicar ainda mais os servidores públicos”, disse.

“Uma reforma aprovada em 2005, já aumentou a contribuição da previdência dos servidores, que era 12 e passou para 14%. Então o governador está faltando com a verdade quando traz à sociedade que a reforma visa única e exclusivamente adequar a Constituição Estadual à Federal. Não! Na verdade foi o contrário, a reforma previdenciária já foi realizada na Bahia”, explicou.

Entre as alterações, estão a alteração na pensão por morte, aumento do tempo de contribuição e a perda da integralidade e paridade dos policiais.


Paloma Peixoto e Anderson Ramos
redacao@varelanoticias.com.br

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