Passado um ano, a
delação da Odebrecht não foi capaz de levar os políticos que denunciou para o
banco dos réus, informa reportagem do jornal O Globo nesta segunda-feira (23).
Chamado de “delação do fim do mundo”, o conjunto de depoimentos de executivos
da construtora, que veio à tona em abril do ano passado, citava 415 políticos
de 26 partidos.
De acordo com a
publicação, a maioria deles, porém, ainda não foi acusada formalmente de nenhum
crime. De 270 investigações iniciadas em todo o país a partir da colaboração
premiada da empreiteira, apenas cinco se transformaram em ações penais. E só um
político, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), foi condenado por corrupção.
Alvo do Supremo
Tribunal Federal (STF), ele é acusado de receber R$ 150 mil em propinas para
ajudar a Odebrecht na tramitação de duas medidas provisórias. Em março deste
ano, a denúncia foi aceita, e Jucá se tornou réu.
No STF, onde ficaram
os casos de deputados, senadores e ministros, a maioria das investigações
sequer foi concluída pela Polícia Federal (PF). Dos 74 inquéritos que tramitam
na Corte, apenas um virou ação penal. Em outros cinco, a Procuradoria-Geral da
República (PGR) pediu o arquivamento por prescrição.
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