G1
A prisão da mulher suspeita de decepar o pênis do marido em Feira de Santana, a 100 km de Salvador, foi mantida após a audiência de custódia nesta terça-feira (27).
Segundo o delegado João Uzzum, responsável pelo caso, a suspeita manteve a vítima em cárcere privado por cerca de cinco dias, período em que o agrediu, o medicou com comprimidos fortes e cortou o órgão genital dele.
O caso veio a tona em 17 de junho, mas o cárcere começou no dia 12 do mesmo mês. A suspeita ligou para o trabalho da vítima e comunicou que ele não iria comparecer. Depois, o agrediu na região da cabeça e começou a medicá-lo com comprimidos que o deixavam sonolento.
"Do dia 12 ao dia 15 ele ficou dentro de casa, sem comunicação com ninguém. No dia 15, ela amarrou as mãos e os pés dele e cortou o órgão genital", explicou o delegado.
Ainda segundo João Uzzum, a suspeita jogou sal para estancar o sangue e negou atendimento médico a vítima durante dois dias.
Em 17 de junho, ela chamou pessoas que frequentam uma igreja evangélica para irem até o local e, ao ver a situação do homem, uma delas acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A vítima foi levada para o Hospital Clériston Andrade, onde ficou internado e já foi liberado.
Foi após o acionamento do Samu que a polícia foi informada do caso. A suspeita fugiu e só foi encontrada nove dias depois, na segunda-feira (26), no Hospital Lopes Rodrigues, quando foi presa. Em depoimento à polícia, ela negou o crime no primeiro momento.
"Ela negou, depois mudou a versão e contou que o marido tinha cortado o próprio pênis. Ao final do depoimento, ela confessou que havia cometido o crime", disse.
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