Correio
Na tentativa de ajudar o colega, outros profissionais também aparecem ao redor do técnico, na gravação feita no último sábado (5), e divulgada nesta terça (8), pelo Jornal da Clube, da Rádio Clube FM de Jacobina.
Em nota, a prefeitura da cidade informou que a Secretária Municipal de Saúde abriu um processo administrativo para apurar o caso. Para isso, o Instituto Vida Forte - responsável pela administração do hospital - foi acionado para prestar esclarecimentos preliminares sobre o ocorrido.
“Caso sejam comprovadas irregularidades ou desconformidades do ponto de vista das diretrizes médicas hospitalares, todas as medidas administrativas e jurídicas cabíveis serão prontamente adotadas", garante o texto, que também afirma ter solicitado a íntegra do vídeo que denuncia a ação.
Crise
Desde outubro deste ano, algumas polêmicas rondam o HATS. O Instituto Vida Forte, que administra a unidade há menos de um mês, é um exemplo disso. A contratação se deu de maneira emergencial, para substituir a Fundação José Silveira, antiga administradora. Neste período, houve uma série de demissões por parte da nova empresa, que afetaram desde técnicos de enfermagem até o setor de limpeza.
Insatisfeitos com a situação inesperada e com outros problemas que já vinham sendo enfrentados na unidade, ainda em outubro, todos os médicos do hospital pediram demissão. A decisão, de acordo com os profissionais, foi motivada pelas sucessivas demissões e mudanças realizadas pela Prefeitura de Jacobina nos últimos dois anos, os constantes atrasos nos salários e a desvalorização da categoria.
Em resposta à demissão coletiva, o prefeito da cidade Tiago Dias (PCdoB), disse em um pronunciamento sobre o tema, que os problemas relacionados à saúde não passavam de ações de pessoas "irresponsáveis" que "estão pregando o terror". O gestor ainda aproveitou para tranquilizar a população e garantiu que não haveria "descontinuidade de serviços".
Os médicos Leandro Oliveira e Heitor Maia, por sua vez, rebateram os ataques do prefeito e revelaram que estavam há três meses sem receber salários, um deles há seis meses. Além disso, não foi a primeira vez que o atraso ocorreu, de acordo com os profissionais, o problema é frequente.
“Não há nenhuma ação política na nossa decisão, porém alguns são vítimas de perseguição política por parte da gestão municipal”, afirma o ex-médico da unidade.
A reportagem não conseguiu contato com o Instituto Vida Forte.
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