domingo, 12 de junho de 2022

Enfermeira é agredida durante vacinação contra Covid-19 em Salvador: 'tomei muito tapa. Fiquei desesperada'

 


Uma servidora da Secretaria Municipal de Saúde foi agredida no sábado (11), enquanto trabalhava no mutirão de vacinação contra a Covid-19 na Unidade Básica de Saúde (UBS) Manoel Vitorino, no bairro de Brotas, em Salvador.


Um vídeo divulgado em grupos de mensagens mostra duas funcionárias e outras duas mulheres brigando em uma sala apertada. Na filmagem, é possível ouvir gritos de socorro das servidoras.


A vítima, que pediu para não ser identificada, é enfermeira do posto de saúde. Ela conta que levou tapas e beliscões das mulheres, que acompanhavam uma criança na vacinação.


Segundo a enfermeira, a confusão começou após uma outra funcionária perceber que o cartão de vacinação de uma criança estava com irregularidades.


"A outra enfermeira informou que o cartão de imunização da criança estava incompleto. Em um cartão constava (vacinação com imunizante) Coronvac e havia um outro grampeado que constava (imunização com vacina da) Pfizer.


 Mas a Pfizer estava faltando a validade da vacina, o local e a assinatura pessoa que aplicou o imunizante. Procuramos no sistema, e não havia registro de nenhuma dose”, conta.


Além disso, a profissional explica que, no momento, a vacinação infantil contra a Covid-19 conta com apenas com duas doses, que devem ser do mesmo imunizante.

Diante das irregularidades, ela informou às acompanhantes da criança que levaria a situação para a gerência do posto. 


Lá, a gerente entraria em contato com a unidade onde a criança tomou o imunizante Coronavac, para entender qual das carteiras de imunização era a correta. Segundo a enfermeira, o processo levaria alguns minutos.


Neste momento, uma das acompanhantes se identificou como médica e exigiu que a criança fosse imunizada imediatamente.


No primeiro semestre foram registrados diversos casos de agressões em postos de saúde, especialmente na campanha de vacinação contra Covid-19. 


O SindSeps lançou a campanha "Parem de nos agredir", e paralisou atividades em diversas unidades, em protesto, pedindo mais segurança.


G1

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