A África do Sul anunciou nesta sexta-feira, 27, o seu primeiro morto por coronavírus, pouco depois de iniciar o confinamento oficial de três semanas com objetivo de frear o avanço preocupante dessa pandemia que já deixou quase 25.000 mortos no mundo.
“Acordamos os sul-africanos nesta manhã com a triste notícia de que tínhamos registrado os primeiros mortos pela Covid-19”, declarou o ministro da Saúde, Zweli Mkhize.
Posteriormente, o saldo foi revisado e o governo informou que somente um deles era falecido por coronavírus.
O país mais industrializado do continente e, de longe, o mais afetado pela pandemia, que surgiu em dezembro na China, com mais de mil infectados registrados, segundo o ministro.
Cyril Ramaphosa impôs aos 57 milhões de habitantes do país um confinamento de três semanas para “impedir uma catástrofe humanitária de grandes proporções”, que entrou em vigor na meia-noite desta sexta.
“Estão aqui para enfrentar um inimigo invisível. Esperamos de vocês (…) que saiam às ruas para defender o nosso povo contra o vírus”, discursou o chefe de Estado, vestido com uniforme militar, a soldados preparados para controlar o confinamento da população.
Nas primeiras horas do dia, dezenas de habitantes das duas principais cidades do país, Johannesburgo e El Cabo, continuavam formando filas para embarcar nos ônibus ou fazer compras, disseram jornalistas da AFP.
Em toda a África, o vírus seguia avançando em uma velocidade preocupante, com cerca de 3.000 casos e cerca de 80 mortes.
O presidente da Comissão da União Africana (UA), Moussa Faki Mahamat, ficou em quarentena depois que um dos seus colaboradores foi testado como positivo, informaram nesta sexta fontes próximas a ele.
O governo da Nigéria, o país mais populoso do continente, conta com cerca de 50 casos e um morto, conscientes da dificuldade para que se cumpram as rígidas medidas de confinamento.
Em Uganda, a polícia ressaltou nesta sexta que tinham efetuado disparos e ferido gravemente duas pessoas que não tinham respeitado as ordens de distanciamento social.
AFP
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