O Núcleo de Medicina e Odontologia Legal (Numol) de Campina Grande, no Agreste da Paraíba, confirmou no início da tarde desta quinta-feira (30) que a criança de 9 meses portadora de microcefalia foi vítima de estupro antes de morrer. De acordo com o diretor órgão, Márcio Leandro, os exames realizados no cadáver comprovaram lesões características de coito anal recente.
” Os exames foram feitos e comprovaram que ela sofreu estupro. O corpo da menina segue aqui no Numol esperando que alguém da família venha buscar para iniciar o velório e posteriormente o enterro”, comentou Márcio.
O diretor da Unidade Hospitalar de Saúde de Soledade, Alexandre Nery, informou que após constatação do óbito, a mãe pedia desesperadamente pela liberação da documentação para fazer rapidamente o enterro da criança.
“A gente foi bastante profissional e não liberamos a documentação. Tínhamos que passar para os responsáveis, inclusive o Conselho Tutelar, os indícios de violência que foram encontrados na menina”, disse o diretor.
O caso agora segue sendo investigado pelo delegado de Soledade, Durval Barros. Conforme disse a mãe, a família é natural de São José de Sabugi, no Sertão da Paraíba, e tinha vindo a Campina Grande para exames de rotina, pois a criança é portadora de microcefalia. Ao parar em um restaurante em Soledade, a bebê começou a ter convulsões e foi levada para receber atendimento, mas morreu.
A cada dois dias, um bebê é vítima de violência sexual no Brasil. Este número foi apresentado no seminário “Violência contra Crianças, Adolescentes e Jovens: Desafios e Soluções”, realizado na Câmara dos Deputados em 2017
G1