segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Homem mata ex-companheira a facadas em Paripe

A marca de sangue ainda estava na frente da casa de número 45, onde Suse Bonfim Oliveira, 50 anos, foi assassinada, na madrugada de domingo, 20, com golpes de faca deferidos pelo ex-companheiro Jorge Dias da Rocha. O crime aconteceu por volta de 1h, durante uma festa de aniversário que acontecia na rua São José, em Paripe, no Subúrbio Ferroviário de Salvador.
Moradores contaram que Suse foi surpreendida por Jorge, que estava armado com uma peixeira, no momento em que saia do imóvel. Ela foi atingida com vários golpes no braço, tórax e cabeça. Outros dois homens, que tentaram socorrer a vítima, também foram atingidos.
Anderson dos Santos Costa, 34, e Átila Santos de Oliveira, 38, e Suse, foram encaminhados para o Hospital do Subúrbio (HS), mas a mulher não resistiu. "Eu já estava deitado em casa, quando ouvi os gritos das pessoas na rua dizendo 'matou, matou, ele matou'. Quando sai, encontrei Suse caída no chão, de barriga para cima", disse um popular, que preferiu não se identificar. Após o crime, Jorge, que já cumpria medida protetiva a favor da ex, fugiu e ainda não foi localizado.
Processo na Justiça
Jorge já foi preso em flagrante após agressões contra Suse, em Janeiro. Ele teve a liberdade provisória concedida e estava cumprindo medidas cautelares previstas na Lei Maria da Penha. Em maio, a mulher foi ouvida pela Justiça e informou que, durante a convivência com Jorge, construiu nove casas. No entanto, o ex estava alugando alguns imóveis e recebendo em média R$ 1.200, sem dar nada para ela, que por medo de Jorge, morava de aluguel.
Segundo uma fonte policial, a vítima pediu a Justiça que Jorge desse uma casa para que ela pudesse alugar e, assim, pagar o atual aluguel do imóvel onde residia, no valor de R$ 400. O suspeito teria recebido uma intimação entre os dias 8 e 15 deste mês. 
Jorge e Suse estavam separados há cerca de 10 meses. A polícia suspeita que ele não aceitou fazer a repartição dos bens com a ex-companheira. "A linha de investigação inicial é que ele tenha se enfurecido por não aceitar a situação", afirmou um policial sob anonimato. 
Moradores contaram que Jorge não era muito querido e que no dia do crime chegou a dizer: "mato ela antes de entregar uma casa".


A TARDE

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