O segundo-sargento da
Aeronáutica detido nesta terça-feira, 25, acusado de transportar drogas na
bagagem, Manoel Silva Rodrigues, já realizou, desde 2015, pelo menos 29
viagens, e em uma delas estava no grupo de militares que seguiram o presidente
Jair Bolsonaro de Brasília a São Paulo, em fevereiro deste ano. As informações
constam no Portal de Transparência do governo, que aponta também que o sargento
tem remuneração bruta de R$ 7.298.
Ainda na gestão
Bolsonaro, Silva Rodrigues fez mais duas viagens. Em 24 de maio, ele voou de
Brasília a Recife e fez o retorno no mesmo dia, período em que Bolsonaro
visitou Pernambuco, capital do Estado. Em março, o sargento fez voos entre os
dias 18 e 19, com destino as cidades de Porto Alegre e São Paulo. Na data, no
entanto, Bolsonaro estava em viagem aos Estados Unidos.
Mais cedo, pelo
Twitter, o vereador carioca e filho do presidente, Carlos Bolsonaro, havia dito
que, até "onde" sabia, o sargento não havia voado com pai. Um tempo
depois, se corrigiu na mesma rede. "Corrigindo, voou sim! Estou sabendo
agora, em fevereiro! Assim como voou com Dilma e Temer", disse Carlos.
Os antecessores de
Bolsonaro também viajaram com Silva Rodrigues na equipe de voo. Em janeiro do
ano passado, quando Michel Temer embarcou para a Suíça, onde participou do
Fórum Econômico Mundial em Davos, há registro do serviço do sargento no
transporte do escalão avançado da Presidência. O portal também aponta que Silva
Rodrigues viajou a Juazeiro do Norte (CE) em maio de 2016, quando a
ex-presidente Dilma Rousseff esteve na cidade.
ESTADAO CONTEUDO
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