A promotora de Justiça do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), Carmen Eliza Bastos de Carvalho, decidiu sair das investigações do MPRJ a respeito das mortes de Marielle Franco e Anderson Gomes. A decisão da promotora foi comunicada na tarde desta sexta-feira, 1º, pelo órgão ministerial.
O MPRJ informou que Carmen decidiu deixar o caso depois da repercussão negativa da sua foto com camisa de apoio a Jair Bolsonaro nas redes sociais. A promotora concedeu entrevista coletiva, ao lado de mais duas colegas do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), sobre o caso na última quarta-feira, 30.
O trio informou, na ocasião, que um áudio era a prova de que o ex-policial Élcio de Queiroz, acusado do crime, foi autorizado a entrar no condomínio Vivendas da Barra, momentos antes do crime, pelo PM reformado Ronnie Lessa, que também é suspeito de matar a vereadora e o motorista. A versão derrubou a informação de que o porteiro do condomínio teria dito que a entrada foi liberada por "Seu Jair", em alusão ao presidente Jair Bolsonaro.
"O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (Gaeco/MPRJ) esclarece que as investigações que apontaram os executores de Marielle Franco e Anderson Gomes foram conduzidas pelas Promotoras de Justiça Simone Sibilio e Letícia Emile Petriz. Findas as investigações, a Promotora de Justiça Carmen Eliza Bastos de Carvalho passou a atuar na ação penal em que Ronnie Lessa e Élcio Queiroz são réus, a partir do recebimento da denúncia pelo 4ª Tribunal do Júri da Capital. Sua designação foi definida por critérios técnicos", explicou o MPRJ.
O órgão fluminense também afirma que o Gaeco recebeu os pais de Marielle Franco, Marinete da Silva e Antônio Francisco da Silva, e a viúva de Anderson Gomes, Agatha Arnaus Reis, que defenderam a permanência de Carmen Eliza à frente do processo penal, em andamento no Tribunal de Justiça.
A TARDE
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