Pelo menos 26 pessoas
morreram neste domingo, 24, em um acidente com um avião que caiu em um bairro
próximo do aeroporto de Goma, no leste da República Democrática do Congo.
O avião Dornier-228
da companhia privada Busy Bee, que transportava 17 passageiros e dois
tripulantes, caiu pouco depois de decolar, informou à AFP o representante
Héritier Mamadou.
O acidente matou os
19 ocupantes, segundo o vice-ministro dos Transportes, Jacques Kipuya. Sete
moradores de Goma morreram no impacto da queda, e poderiam ser membros da mesma
família.
O avião caiu sobre
uma casa no bairro de Mapendo/Birere de Goma, próximo ao aeroporto construído
no meio de áreas densamente povoadas, segundo vídeos compartilhados nas redes
sociais.
Um vídeo recuperado
pela AFP mostra a cabine da aeronave embutida na parede de uma casa, com
habitantes do bairro ao redor.
A aeronave faria o
trajeto Beni-Butembo, 350 km ao norte de Goma. O piloto "falhou na
decolagem", afirmou o governador de Kivu do Norte, Carly Nzanzu Kasivita,
em comunicado.
"Foi, em
princípio, um problema técnico", declarou o técnico da companhia no local
do acidente, citado pelo site de notícias actualite.cd.
A direção da empresa
está reunida aguardando os resultados da investigação técnica realizada por uma
equipe em campo.
A Missão das Nações
Unidas no Congo (Monusco) enviou dois caminhões de bombeiros para reforçar as
equipes de resgate.
A Busy Bee é uma
empresa recente que possui um total de três aeronaves do mesmo tipo que atuam
na província de Kivu do Norte.
De Beni, o governador
do Kivu do Norte expressou suas condolências às famílias das vítimas.
Desde agosto de 2018,
Beni e Butembo são o epicentro de uma nova epidemia de Ebola, que matou cerca
de 2.200 pessoas.
A pista do aeroporto
de Goma foi reformada e ampliada em 2015, depois de ter sido danificada em 2002
pela erupção do vulcão Nyiaragongo. O aeroporto é usado para voos regulares
(Ethiopian Airlines, Congo Airways, CAA, Busy Bee), mas especialmente para
aeronaves das Nações Unidas e organizações humanitárias.
Os acidentes aéreos
continuam sendo um risco na República Democrática do Congo, o maior país da
África Subsaariana (2,3 milhões de km2).
Em 10 de outubro, um
Antonov-72 caiu no centro do país depois de decolar de Beni. Ele transportava
equipamentos de apoio logístico para o presidente Felix Tshisekedi, que
retornava no mesmo dia de uma viagem.
AFP
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