A estudante universitária e liderança quilombola Elitânia de Souza da Hora, 25 anos, foi morta a tiros na noite desta quarta-feira, 27, em Cachoeira, no Recôncavo baiano. Ela estava no sétimo semestre do curso de Serviço Social da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) e era integrante de movimentos quilombolas na instituição e em um povoado do município.
Conforme informações da Polícia Civil, a vítima foi baleada ao chegar em casa, por volta das 22h40, pelo ex-companheiro, que não aceitava o fim do relacionamento. Ele ainda está sendo procurado pela polícia.
Testemunhas apontam que cerca de três tiros foram ouvidos nas proximidades da rua Coronel Garcia, e, após os disparos, o autor teria fugido a pé. A estudante chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos.
O vice-reitor da UFRB, José Pereira Mascarenhas Bisneto, emitiu nota de pesar, declarando luto de três dias na instituição e a suspensão das aulas nesta quinta-feira, 28, no Centro de Artes, Humanidades e Letras (Cahl), onde a jovem estudava. “As terríveis circunstâncias do crime contra Elitânia causam tristeza e indignação de toda a comunidade acadêmica. A UFRB deposita sua confiança nas autoridades para que a justiça seja feita”, pontuou.
Usando a hastag #ElitaniaPresente, o Coletivo Unificado dos Estudantes Quilombolas da UFRB afirmou, em rede social, que lutará por justiça. “Agora será nossa vez de clamar por justiça. Que o sangue derramado dos nossos não seja esquecido e que a justiça de Deus se faça eficaz e infalível”.
Nesta manhã, estudantes do pavilhão de aulas de Cachoeira se reúnem para organizar uma manifestação pública contra o assassinato de Elitânia. O caso de feminicídio está sendo investigado pela Delegacia Territorial (DT) de Cachoeira.
A TARDE
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