tom. No terceiro carro alegórico havia uma gigante escultura de Oxalá, com pretos velhos e Exus nas laterais e um enorme São Jorge, padroeiro do clube e da escola de samba no topo. Em outros carros alegóricos, figuras de Satanás, associado à serpente, que teria enganado Santo Antão, conforme o tema proposto para o samba-enredo. Contudo, a representação de Antão com as características geralmente atribuídas a Cristo gerou debate. Em especial no momento em que ele é aparentemente derrotado pelo diabo.
Para usuários das redes sociais ficou evidente que a representação era de Jesus, embora a escola alegue que era de Santo Antão, um monge cristão que viveu no Egito no século III. Primeiramente porque logo atrás da comissão de frente havia uma alegoria do santo com uma representação de um homem careca e com roupas longas, bem diferente do passista que carregava uma coroa de espinhos na cabeça e com apenas um tecido enrolado no quadril. Além disso, o momento onde ele cai, com os braços estendidos em forma de cruz e o passista que interpreta o Diabo coloca o tridente sobre o ‘santo’ remete a uma postura vitoriosa do mal, o que incomodou muitos cristãos.
GOSPIO PRIMI
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