O presidente Jair
Bolsonaro declarou nesta quinta-feira, 21, ao chegar ao Chile, que "a
justiça nasceu para todos", ao ser consultado sobre a prisão de Michel
Temer, acusado de liderar uma organização criminosa que negociava subornos.
Bolsonaro chegou por
volta das 20 horas em Santiago (17H de Brasília) , para participar de uma
reunião de presidentes nesta sexta, 22, visando acabar com a União dos Estados
Sul-Americanos (Unasul) e dar início a um novo foro regional alinhado com a
direita.
"A Justiça
nasceu para todos e cada um responde por seus atos", disse Bolsonaro no
aeroporto de Santiago sobre a prisão de Temer, que assumiu a presidência após o
impeachment de Dilma Rousseff, em maio de 2016.
Temer foi detido sob
a denúncia de chefiar uma organização criminosa que negociava subornos em troca
de contratos para obras públicas no estado do Rio de Janeiro.
Bolsonaro disse ainda
aos jornalistas que não está preocupado com as investigações envolvendo
integrantes do seu Partido Social Liberal (PSL) em manobras para obter verbas
de campanha, ou com as denúncias envolvendo membros da sua família.
O presidente declarou
que em sua visita ao Chile tentará selar o final da Unasul, e avaliou que toda
a América Latina deve se unir em torno da democracia, da liberdade e da
prosperidade".
Por iniciativa dos
presidentes do Chile, Sebastián Piñera, e Colômbia, Iván Duque, o novo bloco
busca acompanhar o giro para a direita verificado nos últimos anos na região e
substituir a União das Nações Sul-Americanas (Unasul), criada na era de ouro
dos governos de esquerda.
Bolsonaro minimizou a
importância das manifestações convocadas por várias organizações sociais
durante sua visita ao Chile, e a rejeição dos legisladores de esquerda de
participar do almoço em sua homenagem organizado pelo governo.
Segundo o presidente,
todas as pessoas que reclamam hoje queriam que o Brasil caminhasse para a mesma
situação em que se encontra a Venezuela, mas "o nosso povo luta bravamente
para escapar das garras do socialismo".
Criticado por suas
declarações sobre gays e mulheres e por seu apoio ao regime militar, Bolsonaro
reafirmou seu compromisso com os esforços internacionais para que a Venezuela
escape da ditadura de Nicolás Maduro e revelou estar realizando gestões
diplomáticas para acabar com o regime chavista.
A TARDE
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