Os festejos da posse
de Jair Bolsonaro na Presidência da República contabilizaram o menor número de
delegações estrangeiras em cerimônias de primeiro mandato em quase três
décadas. Neste ano, 46 delegações estrangeiras vieram à capital federal,
segundo informou nesta tarde o Itamaraty. Desses, dez vieram lideradas por seus
chefes de Estado ou governo.
Levantamento feito no
acervo do Estadão mostra que à posse de Fernando Collor de Mello, em 1990,
vieram 72 delegações estrangeiras. O jornal da época mostra que a grande
estrela dessa festa foi o mandatário de Cuba, Fidel Castro, que fazia sua
primeira visita ao Brasil. Ele chegou atrasado ao último compromisso da agenda
do então presidente, José Sarney. De linha favorável aos Estados Unidos, a
posse de Collor foi prestigiada pelo então vice-presidente, Dan Quayle.
Para a posse de
Fernando Henrique Cardoso, em 1995, vieram 120 delegações. Fidel novamente
prestigiou a festa, que teve direito a show de Daniela Mercury.
Novidade no cenário
internacional, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mereceu o deslocamento de
110 delegações estrangeiras para sua posse. Ele dividiu os holofotes com o
então presidente da Venezuela, Hugo Chávez.
Dessa vez, os Estados
Unidos enviaram seu representante comercial, Robert Zoellick, que havia se
envolvido em um bate-boca com Lula na campanha eleitoral. O brasileiro ameaçava
paralisar as negociações para formação da Área de Livre Comércio das Américas
(Alca). Zoellick afirmou que, fazendo isso, o Brasil poderia fazer comércio com
os pinguins da Antártida. Ao que Lula o classificou de "sub do sub".
A posse mais
prestigiada em termos de presença estrangeira foi a de Dilma Rousseff, em 2011.
O jornal do dia registra a presença de 130 delegações estrangeiras, das quais
32 lideradas por chefes de Estado ou de governo.
A TARDE
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