Desaparecida desde a
última sexta-feira (18/01), a promotora de festas, Polyana Oliveira Suzart de
Brito, 37 anos, foi encontrada morta na noite desta segunda-feira (20) em um
quarto de hotel da Avenida 7 de Setembro em Salvador. Segundo informações, a mesma
lutava contra uma forte depressão. A empresária é natural de Feira de Santana,
mas residia atualmente nos Barris em Salvador. Ainda segundo informações, não
satisfeita em apenas tomar chumbinho, a mesma se enforcou, mas antes de morrer
deixou uma carta voltada para sua filha de apenas 4 anos, para amigos e
familiares. A natureza e o requinte do suicídio deixou a todos que a conheciam
perplexos pela forma dramática a qual Polyana deu fim ao seu
"sofrimento". A nossa reportagem não obteve maiores detalhes até o
fechamento desta matéria.
De acordo com a
Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 11,5 milhões de brasileiros sofrem
com depressão. O índice, que representa 5,8% da população do Brasil, reflete a
gravidade da situação. Por vezes, quem está em um quadro depressivo demora para
reconhecer o problema, seja por confundir os sintomas com tristeza e apatia
passageira ou pelo receio do diagnóstico e dos estigmas sociais que ainda
cercam esse transtorno.
A escalada da doença
tanto a nível nacional quanto internacional chama a atenção dos especialistas.
“Em 2017, devido ao crescimento de casos, a OMS escolheu a depressão como
‘doença do ano’. A estimava era de que apenas em 2020 ela seria o problema que
mais compromete o funcionamento produtivo das pessoas”, alerta a psiquiatra
Kátia Petribú, presidente da Sociedade Pernambucana de Psiquiatria.
O quadro também
assusta porque os episódios depressivos costumam ser a causa de suicídios
tentados ou consumados. “Além de ser uma doença que causa muito comprometimento
funcional, a gente perde pessoas jovens e produtivas para o suicídio. Por isso,
diante de um paciente com depressão, faz parte da avaliação questioná-lo sobre
pensamentos suicidas”, complementa a médica.
MARCELO SANTOS FORTE NO RECÔNCAVO
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