O embaixador da
Alemanha no Brasil, Georg Witschel, se reuniu hoje (21) com o presidente em
exercício, general Hamilton Mourão, no Palácio do Planalto. O diplomata disse
que objetivo da sua visita foi colaborar para a “reputação” do Brasil no
exterior. Segundo ele, é necessário que o governo federal detalhe seus planos
sobre mudanças climáticas, direitos humanos e reformas.
“Acho importante que
o governo faça uma política que explique as intenções, as reformas. E explique
[ações em prol dos] direitos humanos, se a luta contra a mudança climática
continuará. Então, estou otimista, mas temos a fazer”, disse o embaixador após
o encontro.
Witschel disse que a
ausência de informações gera “preocupação” e “nervosismo” em setores da
sociedade. “Eu não acho que isso reflita a verdade, mas há uma opinião pública
bastante crítica. Então, os melhores argumentos são fatos.”
Para o embaixador, é
preciso avaliar o governo federal, de acordo com suas ações e não por meio de
palavras ditas durante a campanha eleitoral e posts nas redes sociais.
Questionado sobre as negociações do acordo entre Mercosul e União Europeia, ele
disse o esforço da Alemanha é para concluir logo as tratativas.
“O livre comércio com
Mercosul foi tratado. É um interesse maior da Alemanha de avançar nessas
negociações. A mensagem do senhor vice-presidente foi que depois do encontro do
presidente Bolsonaro com [o presidente da Argentina Maurício] Macri há o
interesse do Mercosul de avançar esses negócios com a União Europeia porque
eles estão avançados. E do lado europeu, é claro, temos o interesse de concluir
de uma maneira rápida, mas concluir um tratado profundo”, disse o embaixador.
Segundo o diplomata
alemão, a conversa com Mourão foi “excelente”. Ambos analisaram a crise
política, econômica e social na Venezuela, além do impacto da explosão do
carro-bomba na Colômbia na semana passada.
“Foi uma conversa
excelente, sobre muitos temas. Indica uma abordagem razoável, baseada nos
valores comuns, nos interesses comuns, no direito internacional. Então, uma
base que vale, razoável”, disse.
INFORME BAIANO
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