Uma nova etapa da operação Lava Jato foi deflagrada nesta terça-feira, 10, na Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal. Mais de 200 policiais foram às ruas na ação que investiga crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e tráfico de influência envolvendo contratos de operadoras de telefonia, internet e TV por assinatura que atuam no Brasil e no exterior.
A PF informou que os repasses para uma das empresas teriam chegado a R$ 193 milhões entre 2005 e 2016. A equipe composta por agentes da PF, Ministério Público Federal (MPF) e Receita Federal cumpre 47 mandados de busca e apreensão expedidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba.
A 69ª fase da Operação Lava Jato foi denominada Mapa da Mina, cujo inquérito policial teve início a partir de evidências colhidas na 24ª fase da força-tarefa. Os investigadores apontam que serviços contratados pelo grupo econômico alvo da ação foram realizados em patamares ínfimos ou não foram prestados, apesar dos pagamentos recebidos integralmente.
O nome da operação foi extraído de arquivo eletrônico de apresentação financeira interno do grupo econômico, contido em material apreendido na 24ª fase da Lava Jato, o qual indicaria como “mapa da mina” as fontes de recursos advindas da maior companhia de telefonia investigada. O real significado da expressão também é objeto das apurações.
A Polícia Federal não divulgou os nomes dos alvos.
PF em Salvador
Na capital baiana, os agentes da PF e da Receita estiveram na sede da agência de publicidade Propeg, na Avenida Sete de Setembro, no bairro da Barra. Em entrevista na porta da companhia, o advogado de defesa, Thales Habib, afirmou que o alvo seria a Rede Interamericana de Comunicação. "A defesa entende que essa busca e apreensão não vai surtir efeito porque nada foi encontrado na empresa, pois a Propeg nada tem a ver com a situação. Porém, ordem judicial tem que ser cumprida, e assim foi feito. Não foi encontrado nada relacionado à Rede Interamericana. Apenas uns pendrives que vão ser avaliados para ver se são partes integrantes desse procedimento, ou não", disse.
"Essa empresa existiu e foi desfeita em 2001, na oprtunidade, parte dos sócios foi para São Paulo, outra parte permaneceu na Bahia. Os fatos aqui ainvestigados são oriundos provavelmente de 2004, 2005, não tem nada a ver com a Propeg", assinalou o advogado.
Em nota, a empresa informou que houve uma confusão causada por erro de endereços, pois os agentes estariam com mandado para um outro endereço. Confira:
Em respeito aos seus clientes, aos seus colaboradores e ao mercado publicitário a Propeg esclarece o seguinte:
Na manhã desta terça-feira, 10 de novembro, o escritório da Propeg em Salvador se viu envolvido em uma confusão causada por erro de endereços.
A diligência cumprida na agência destinava-se, na verdade, a outra empresa, e não à Propeg.
Portanto, vale destacar que a Propeg, que tem Contratos Públicos e inúmeros clientes privados, não está sendo investigada na Operação ocorrida hoje em alguns estados.
Cumpre informar que a Propeg já está tomando as providências cabíveis e necessárias para desfazer esse engano.
A TARDE
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