Morreu, nesta sexta-feira (6), uma das gêmeas siamesas separadas após cirurgia realizada na Maternidade de Referência José Maria de Magalhães Netto, em Salvador (BA). Segundo informações do portal G1, o procedimento cirúrgico aconteceu poucas horas antes da morte da criança.
As bebês Aila e Maila nasceram no dia 29 de outubro, no mesmo hospital onde aconteceu a operação. A cirurgia seria feita dentro de um mês, mas teve que ser antecipada por conta do estado de saúde de uma das meninas.
A cirurgiã da maternidade, Célia Britto, e o cirurgião pediátrico de Goiás, Zacharias Calil, foram responsáveis pela operação e falaram sobre o caso.
– Elas estavam estáveis até quarta-feira [4] de tarde, quando subitamente elas tiveram uma piora clínica, o que nos fez diagnosticar um processo inflamatório intestinal, que é uma enterocolite necrosante, patologia típica de pacientes prematuros. E em decorrência dessa patologia, que leva à necrose do intestino e de órgãos como estômago, intestino delgado e grosso, tivemos que adiantar a cirurgia, na tentativa de salvar as duas gêmeas – disse Célia.
– Tinham que ser separadas, não tinha opção. Infelizmente era um quadro esperado: ou você faz ou morre as duas – explicou Calil.
A bebê que continua viva é Aila, que sofre de cardiopatia, mas seu quadro de saúde é estável. Ela segue internada na maternidade e deve ser submetida a outra operação que ainda não tem data definida.
Segundo a cirurgiã Célia Britto, Aila está reagindo “dentro do esperado”.
– Ela está bem, já está se recuperando, tem um plano pós-operatório dentro do esperado, já com redução das medicações. Ela está reagindo dentro do esperado para o primeiro pós-operatório de uma cirurgia grave, onde a irmã com uma necrose intestinal importante, comprometia a vida dela – explicou a médica.
A Secretária de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) informou que as irmãs nasceram interligadas pelo fígado.
PLENO NEWS
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