Um menino de 10 anos morreu na madrugada desta segunda-feira (24), após ter sido baleado, na tarde de domingo (23), no bairro de Portão, em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador.
Segundo a família do garoto e testemunhas, a vítima, identificada como Gabriel Silva da Conceição Júnior, foi atingida no rosto, durante uma ação policial, enquanto brincava na porta de casa.
A Polícia Civil informou que o caso é investigado pelo Departamento de Polícia Metropolitana (Depom). Testemunhas afirmam que policiais militares chegaram na rua atirando.
"A viatura da 21ª CIPM já chegou atirando. Não teve troca de tiros, não teve nada. Quem atirou no meu filho não foi ladrão, foi a viatura da 21ª CIPM", disse a mãe de Gabriel, Samile Costa.
“Uma criança estudiosa, carinhosa, eu não tenho o que falar do meu filho. Eles dizerem que meu filho, uma criança de 10 anos, estava em uma boca de fumo? Eu não aceito, meu filho não estava”, concluiu, desolada.
As primeiras apurações do caso foram realizadas pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), e a unidade territorial seguirá com a investigação.
Gabriel Silva da Conceição Júnior foi levado pela família para o Hospital Menandro Faria. Na porta da unidade, familiares e vizinhos aguardaram por notícias.
Uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionada para fazer do garoto para o Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador, mas o veículo ficou mais de uma hora parado, porque não tinha equipamentos básicos para fazer a transferência.
Balões de oxigênio foram levados ao local por funcionários da Prefeitura de Lauro de Freitas.
O líder comunitário de Portão, Ney Lázaro, disse que o caso não foi isolado. Ele criticou a justificativa da PM, que alega que houve troca de tiros.
"É sempre o copiar e colar: 'Cheguei, fui recebido a bala e revidei'. Essa é a justificativa da Polícia Militar, que é quem representa o Estado. A população já não aguenta mais conviver com essa triste realidade que vivemos", criticou.
A TV Bahia entrou em contato com a Polícia Militar e aguarda o posicionamento da corporação sobre o caso.
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