O governo federal identificou que 45 mil pessoas receberam pagamentos indevidos de benefícios temporários do INSS, a exemplo do auxílio doença. O percentual representa quase metade dos auxílios que passaram por um pente-fino promovido pela atual gestão.
O dado revelado nesta sexta-feira 23 foi confirmado pelo próprio ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, em uma entrevista publicada pelo jornal O Globo.
Ele se queixou pelo fato de que a quantidade de benefícios indevidos seria “muito alta”. “Se a pessoa ficou boa, não há por que continuar recebendo o auxílio-doença”, disse Lupi na conversa.
Nos últimos meses, a pasta intensificou a revisão dos benefícios pagos pelo INSS. Até o momento, segundo o governo, cerca de 100 mil pagamentos já foram analisados, mas a ideia é chegar a 800 mil até o final do ano.
A ideia do governo é evitar pagamentos indevidos para liberar espaço no orçamento para os chamados gastos discricionários dos ministérios. Essa seria uma forma, também, de se encaixar na meta de déficit zero das contas públicas em 2024.
A princípio, o governo espera economizar cerca de 20 bilhões de reais em 2025, caso seja possível cancelar os benefícios indevidos.
Também para o ano que vem, o INSS pretende implementar um sistema virtual para dispensar a perícia presencial para a concessão do auxílio-doença, que deverá se chamar “Atestmed”.
Atualmente, o INSS tem dado um prazo de trinta dias para que beneficiários convocados apresentem documentos. Será preciso apresentar identidade, CPF e exames médicos, além das receitas de medicamentos de uso contínuo, se for o caso.
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